Antônio de Pádua Alves Falcão, filho natural de Fortumata Messias dos Anjos,
nasceu em 1848 na vila de São José del-Rei (hoje Tiradentes) nas Minas Gerais.
 Além de eximio musicista e compositor, exerceu vários oficios na vila de São José, como professor de primeiras letras, vereador, delegado de
policia, e há indicios de que trabalhou no fórum da comarca de Tiradentes.
 Atuou em serviços musicais de diversas associações religiosas, conforme
consta dos livros de receita e despesa dessas associações. Segundo atestam os livros da
Confraria da Santissima Trindade, Pádua Falcão foi responsável pela música durante as
festividades do Jubileu nos anos de 1881, recebendo a soma de quinze mil réis
, e também nos anos de 1886 e 1894. Prestou serviços na
Confraria de Nossa Senhora das Dores e nas Irmandades do Senhor Bom Jesus dos
Passos e do Santissimo Sacramento 
Em 1919, organizou com Joaquim Ramalho a "Sociedade Musical São José del-
Rei", entidade musical de vida efêmera, durando apenas três anos, que visava organizar
a atividade musical da cidade e auxiliar os músicos e suas familias. Em 1922, devido a
desavenças politicas com Joaquim Ramalho, Antônio de Pádua Falcão desliga-se da
entidade, estrutura seu próprio grupo musical e passa a dividir as solenidades religiosas
da cidade com a entidade rival.
A familia Falcão era partidária de Nilo Peçanha e a familia Ramalho de Artur
Bernardes. Eleito o segundo para a presidência da República, viram-se os membros da
familia Falcão na obrigação de deixar a orquestra e a cidade de Tiradentes. Tal fato
dividiu o arquivo musical, ficando metade do acervo com Pádua Falcão e a outra com
Joaquim Ramalho.
Antônio de Pádua Alves Falcão faleceu no dia 7 de agosto de 1927 vitimado por
uma "lesão cardiaca". 

SILVEIRA, WILLER,  dissertação de mestrado para obtenção de título de mestre em Música, pela UFSJ.2022